"Monty Roberts nasceu em Salinas, Califórnia, em cima de um cavalo. Seu pai domava os animais pelo tradicional método de "machucá-los para não ser machucado".
Desde cedo, Monty discordou do velho em quase tudo. Seu amor pelos pelos cavalos, que considera irmãos, e seu aguçado senso de observação fizeram dele um pioneiro na comunicação com animais - não apenas eqüinos, diga-se de passagem - e o levaram a entender a linguagem que batizou de "Equus". Ouvindo-os , ele os iniciou para corridas, e rodeios sem chicote, sem esporas e, o que é fundamental, sem violência alguma.
Neto de uma índia, cresceu ouvindo como os Cherokees lidavam com cavalos, búfalos e cervos. Portador de uma deficiência visual que só lhe permite enxergar em preto e branco, o jovem Monty podia ver à noite com mais clareza que qualquer caubói do velho oeste. Detectava com absoluta perfeição a movimentação das manadas selvagens dos mustangues pelas pradarias e florestas e até mesmo na escuridão. Descobriu que é a égua mais velha que traça os itinerários e castiga os potros mais rebeldes. Descobriu ainda que o papel dos garanhões é apenas cuidar dos seus haréns e vigiar os animais predadores.
Além de ter participado de shows eqüestres, Monty foi dublê de cavaleiros do cinema, jóquei de quartos de milha e treinador de famosos campeões de corridas. Teve, naturalmente, muitos problemas de coluna e foi obrigado a submeter-se a uma cirurgia na espinha dorsal, tendo passado vários meses sem poder andar.
O seu sistema de domar animais selvagens e problemáticos o leva a percorrer a Europa e os Estados Unidos fazendo apresentações. Em menos de 40 minutos encilha o animal mais chucro, que obedece de boa vontade aos comandos. Quem lhe sugeriu escrever este livro foi a sua grande admiradora, a rainha da Inglaterra, que não poucas vezes encontrava tempo para tomar chá com ele no jardim do Palácio de Buckingham e falar sobre hipismo, a paixão comum.
"Foi uma das coisas mais lindas que já vi na vida", disse a soberana ao ver o trabalho de Monty pela primeira vez.
Além de tudo, Monty é um belo escritor, um grande contador de histórias, e, embora seja um livro de não-ficção, eu o li como um romance de aventuras.
Para quem gosta de animais, esta é uma leitura imperdível. Para quem trabalha com animais, é obrigatória. Até mesmo quem nunca se interessou por animais vai passar a olhá-los com maior carinho. Todos constatarão que Monty Roberts não é apenas o melhor domdor de cavalos do nosso planeta, mas também um ótimo pai e esposo, amigo dos seus amigos, um raro ser humano. Ele não só ouve os cabalos mas também dala com eles. Quem assistiu a 'O Encantador de Cavalos' com Robert Redford, terá a oportunidade de ver que a realidade supera a ficção. Mais do que ouvir cavalos, Monty fala com eles."
Voltei!!!
Então, a sinopse acima foi extraída da orelha do livro. E é mais do que auto-explicativa.
Vocês que acompanham o blog devem saber que Biografias não são o meu forte.... Esta é a primeira que li. Foi recomendação do meu dentista (poisé.....eu falo de livros com todo mundo). E não me desapontei!
Vamos e convenhamos... É um livro longo, e que não dá para ser digerido em uma sentada. Em doses homeopáticas ele é muito melhor.... Não apenas pq o autor tenta passar ao público dicas de como entender melhor os animais, mas também ele tenta explicar o comportamento deles....É muita coisa para processarmos.... Então é um livro que deve ser lido lentamente.
Eu adorei o livro! Quem gosta de cavalos, ou de bichos em geral, vai adorar também. Mas já adianto.....Quem espera uma leitura no estilo de "Marley & Eu" vai se desapontar profundamente. O livro está muito mais para técnico (um livro que descreve a vida de Monty Roberts, mas ensina tecnicamente como iniciar um cavalo - a usar sela, arreios, cabresto, etc) do que para romance.
Uma vez que conta a estória da vida do autor, é de se esperar que ocorram "falecimentos" de animais durante sua trajetória. Não morri de chorar em nenhum deles.... Mas o Ginger não sai da minha cabeça até agora, e eu terminei de ler esse livro ontem 23h.
Bom....é isso. É um livro que eu recomendo àqueles que gostam de biografias e/ou de animais...
Beijos e até a próxima, com Neil Gaiman!
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